quinta-feira, 1 de março de 2012

Introdução a genética e aplicação na canaricultura

Gregor Johann Mendel

Princípios Gerais

Não se pretende neste documento fazer um estudo exaustivo sobre a genética dos seres vivos, nomeadamente das aves. O meu objectivo é o de apresentar alguns conceitos e termos fundamentais sobre esta matéria e que possa ajudar o criador no seu hobby. No entanto, aconselho que após esta leitura o leitor possa aprofundar os seus conhecimentos nesta matéria.


Características dos Seres Vivos

Com a excepção dos gémeos idênticos, que possuem a mesma composição genética, todos os seres humanos, diferem geneticamente uns dos outros. Desta forma, podemos afirmar que não existem seres vivos que sejam exactamente iguais em termos genéticos. Existe sempre alguma característica que é única e que faz com que determinado indivíduo se distinga dos outros. Mesmo que existam dois ou mais seres que possuam as mesmas características para determinados traços, nunca serão exactamente iguais em todas as características que os compõem.

Até à pouco tempo, a maioria dos criadores escolhiam os seus planteis para criação baseados apenas nas características visíveis, dando pouca importância à constituição genéticas dos mesmos. Estes criadores, que apenas utilizem estas técnicas, acabam em alguns casos também por trazer bons resultados, no entanto, através de muitas experiências e erros. Sendo que em muitos casos os bons resultados são esporádicos e não se manifestam na homogeneidade do seu plantel. Por vezes, conseguem criar campeões, mas com a mesma frequência obtém exemplares cujas características não os permitem sequer ir a exposições. Só após uma vida de esforço, sucesso, insucesso, experiências e erros é que conseguem alcançar um resultado satisfatório e obter um plantel com consistência.

Os criadores de animais que conseguem produzir esse padrão consistente, seja este um “bom” ou “mau” padrão, estão a criar exemplares geneticamente puros.

É importante quando falamos de genética começar a distinguir características hereditárias das características ambientais. Um criador pode ter um excelente exemplar, com as características geneticamente desejadas e puras, no entanto, se este não tiver as condições ambientais adequadas para que essas características genéticas se possam manifestar, de nada servem. Desta forma, as características genéticas são aquelas que são herdadas dos seus progenitores e as ambientais as que resultam das condicionantes do meio que os rodeia e que podem condicionar as genéticas. Por exemplo, se um determinado animal tiver perdido uma pata, não significa que seja não seja geneticamente interessante e que não possa originar excelentes exemplares. O que é importante reter é que o criador deve proporcionar as suas aves/animais o meio ambiente adequado para que estas possam criar e crescer de uma forma saudável. Problemas como uma alimentação incorrecta, falta de minerais, falta de limpeza, humidade, etc., podem não deixar que os animais “cresçam geneticamente” como deveriam.

Genética

Neste artigo já se aplicou a palavra “genética” por algumas vezes. Mas afinal o que significa este termo e para que serve?

Daqui em diante os exemplos que forem dados serão dados relativos a aves, nomeadamente aos canários, embora os conceitos se apliquem de uma forma geral a todos os seres vivos. Quando se faz um acasalamento entre as aves, existem dois elementos essenciais que irão dar origem aos filhotes: o Óvulo e o espermatozóide. O óvulo e o espermatozóide, contribuem através do macho e da fêmea, para a composição dos novos indivíduos. São estes elementos combinados que são a fonte dos traços e das características únicas dos embriões. Mais especificamente, a informação genética que determina a composição final de uma nova criatura encontra-se “armazeanada” em centenas de genes situados nos cromossomas existentes em cada célula viva.

Como já foi referido, não se pretende fazer uma descrição técnica desta ciência e falar em detalhe dos termos, conceitos e técnicas complexas, mas sim apresentar os conceitos básicos que ajudem o canaricultor. Resumindo, pelo menos o leitor deverá assimilar e compreender o significado dos termos dominante e recessivo e os conceitos associados de Homozigoto e Heterozigoto.

Para compreender os processos da hereditariedade, existem dois conceitos a ter em consideração:
  • Qualquer criatura é uma combinação mosaica única e composta de diversos traços ou características que são herdadas.
  • Os melhores exemplares para criação possuem uma alto grau de pureza genética para as características desejadas/ideais.



As Leis de Mendel

Gregor Mendel, um monge Austriaco do sec. XIX, descobriu as seguintes três regras básicas:

A Lei da dominância – Em cada célula de um ser vivo, as características herdadas estão “guardadas” em cromosomas, que por sua vez estão agrupados em pares cujo número varia com as diferentes espécies.
Cada par de cromosomas contem um determinado número de pares de genes alinhados na sua cadeia. Cada um destes pares de genes determina uma determinada característica, ou pelo menos parte dela, dependendo se um ou os dois genes são dominantes ou recessivos.
Um gene é considerado dominante porque quando agrupado com o seu par recessivo, sobrepõe ou domina o traço ou característica determinada por aquele par. Esta lei determina que para cada par de genes existem três configurações possíveis:
  • Os dois genes são dominantes – Homozigoto dominante
  • Os dois genes são recessivos – Homozigoto Recessivo
  • Ou um é dominante e o outro recessivo – Heterozigoto

PAR DE GENES
(A,A)
(a,A)
(a,a)
Puro
Impuro
Puro
Homozigota
Heterozigota
Homozigota
Dominante

Recessivo

Nota: A letra maiúscula significa Dominante

Desta forma, uma espécie que apenas possui um gene dominante para uma determinada característica que é governada por um par de genes, é heterozigota ou impura, para esse gene, tendo no entanto a mesma aparência para essa característica que um animal que tenha dois genes dominantes para essa característica, sendo puro ou homozigota.

  • A Lei da Segregação – Esta lei de Mendel determina que cada gene independentemente de ser dominante ou recessivo mantém sempre as suas características durante o processo de reprodução.
  • A Lei da Classificação Independente – Esta lei está relacionada com a segunda e refere que cada gene é herdado independentemente dos outros genes.
Numa célula os genes encontram-se distribuídos ao longo de pares de cromossomas. Sendo que um gene de um particular par de genes encontra-se num local específico de um cromossoma, estando o seu par na mesma posição do outro cromossoma correspondente.

Cada célula de um ser vivo contém todo o programa genético desse ser. Sendo o óvulo e o espermatozóide os transportadores de toda a informação genética para os filhotes da próxima geração. O óvulo e o espermatozóide são criados através de um processo especial chamado meosis. Quando este processo está prestes a ocorrer todos os pares de cromossomas da primeira célula sexada “migram” para um dos lados de uma linha imaginária no centro da célula.

Cada espécie tem um número único de pares de cromossomas por célula, variando de 6 (estimado) para o canguru até 35 no camelo e 24 nos homens. Assim que o cromossoma tiver assumido a sua formação, a célula divide-se ao meio e cada membro do cromossoma vai para uma metade da nova célula. Assim, cada óvulo ou espermatozóide tem metade dos cromossomas e genes que irão fundar uma célula de um novo individuo, sendo a outra metade resultado da contribuição do outro progenitor.
Quando ocorre a fertilização, o óvulo e o espermatozóide unem-se, cada cromossoma localiza o respectivo parceiro e o processo de crescimento inicia-se. O novo individuo passa a possuir uma total combinação de genes e cromossomas numa combinação única.

Existem algumas exceções a esta regra nomeadamente uma conhecida por “sex-linkage” ou “ligação ao sexo”. Na maior parte dos animais, o macho é o determinador do sexo. Este tem um cromossoma “X” que suporta genes e outro cromossoma “Y” que não. A fêmea tem dois cromossomas “X”, ambos suportando informação genética. Assim e para parte dos casos da combinação genética dos cromossomas nas células sexadas, a cria quando recebe do macho o cromossoma “Y” que não suporta qualquer informação genética, acaba por receber toda a informação genética para esta característica da fêmea. O macho apenas transmite o cromossoma”Y” que faz deles machos.
Na maior parte das aves é a fêmea que determina o sexo, sendo então o processo o inverso do descrito.

Dominância Genética 

A maior dificuldade na criação de uma linha de campeões não é conseguir criar um canário que tire o primeiro lugar, o que é difícil é criar uma linha consistente, em que todas as aves possuam as mesmas características e todas elas possam pontuar nos concursos. Para atingir este objectivo o criador deve estudar um pouco de genética. Neste Web Site também está disponível um primeiro artigo que deve ser lido sobre este tema.

De seguida apresenta-se um conjunto de informação sobre factores dominantes, recessivos e factores ligados ao sexo. Também esta informação é importante para que o criador saiba o que está a fazer e aquilo que poderá encontrar nos acasalamentos.

Fatores Dominantes e Recessivos

DOMINANTE
RECESSIVO
Oxidação
Diluição
Não Pastel
Pastel
Não Opala
Opala
Não Ino
Ino
Não Satinet
Satinet
Não Marfim
Marfim
Não Branco
Branco
Intenso
Nevado
Eumelanina Negra
Eumelanina Castanha
Negros Castanhos
Castanhos
Negros Castanhos
Ágatas
Negros Castanhos
Isabelas
Ágatas
Isabelas
Castanhos
Isabelas

Fatores onde não se manifesta dominancia

Presença de refracção
Ausência de refracção
Presença de Melanina
Ausência de Melanina
Factor Vermelho
Factor Amarelo



Exemplos práticos de aplicação dos fatores dominantes e recessivos:

  • Canário Amarelo Puro x Canário Branco Recessivo = Amarelos Portadores de Branco
  • C. Amarelo Portador de Branco x C. Amarelo Portador de Branco = 25% Amarelos Puros; 25% Branco Puros; 50% Amarelos Portadores de branco 
  • Canário Intenso (Sempre portador de Nevado) x Canário Nevado = 50% Canários Intensos (Portadores de nevado); 50% Canários Nevados * 
  • Canário Nevado x Canário Nevado = 100% Canários Nevados 

Alguns exemplos com variações nos canários Glosters:
  • Canário verde** x Canário Variegado*** = 100% Verdes Variegados 
  • Canário verde Variegado x Canário Verde Variegado = 25%Verdes; 25% Variegados; 50% Verdes Variegados 
  • Verde Variegado x Variegado = 50% Verdes Variegados; 50% Variegados 
  • Variegado x Variegado = 100% Variegados 
  • Canário Normal x Canário Branco (dominante) = 50% Normais; 50% Brancos (dominantes) **** 
* Não se deve acasalar 2 Canários Intensos, pois dá origem ao factor letal
** Canário verde - é um canário em que a tonalidade forte é o verde escuro
*** Variegado - Canário com diversas cores: verde escuro, verde claro, amarelo e diversos tons claros
**** Nunca se deve acasalar dois Canários Branco Dominantes, pois dá origem ao factor letal



Regras para acasalamentos com fatores ligados ao sexo:
  • Macho Puro x Fêmea Pura = Descendentes Puros
  • Macho Puro x Fêmea Normal = 50% Machos Portadores; 50% Fêmeas Puras
  • Macho Portador x Fêmea Normal = 25% Machos Portadores; 25% Machos Normais; 25% Fêmeas Normais; 25% Fêmeas Puras
  • Macho Normal x Fêmea Pura = 50% Machos Portadores; 50% Fêmeas Normais
  • Macho Portador x Fêmea pura = 25% Machos Puros; 25% Machos Portadores; 25% Fêmeas Puras; 25% Fêmeas Normais
A Plumagem 

Uma das razões mais frequentes para falhar o objectivo de criar uma boa linha de canários é a qualidade da plumagem. De forma a que o criador possa traçar como objectivo o de constituir uma boa linha e com a plumagem adequada é necessário que este compreenda e estude os tipos de penas existentes. A criação de glosters não é excepção a esta regra. Também a criação de canários Gloster deve respeitar este princípio e o facto de a maioria dos glosters existentes ser do tipo buff feather não significa que não possam e não devam ser usados pássaros com penas do tipo yellow.

Mas o que significam os termos buff feather e yellow feather ?

YELLOW FEATHER 

Um canário de cor amarela não é obrigatoriamente um canário que possa ter a designação de Yellow Feather. Este termo que passaremos a designar por amarelo intensivo, é atribuído à plumagem fina, apertada, firme e de tom amarelo esverdeado intenso. O facto de este tipo de pena ser apertada não significa que é maior do que outros tipos de pena. Possui sim brilho e cor natural que se estende até aos extremos das penas. A qualidade da plumagem de “bons amarelos” deve ser de uma aparência sedosa, como que se a plumagem formasse uma unidade única e não um conjunto de penas individuais.

Este tipo de plumagem pode ser criada em qualquer raça de canários independentemente da sua cor e marcações, sendo presente em apenas um dos reprodutores. Devido à plumagem fina e apertada, os canários deste tipo podem perder em porte quando comparados com canários com pena buff. Esta é uma das razões pela qual os canários desta categoria não são muito usados em exposições mas devem ser usados nas criações para manter a qualidade da plumagem. A utilização desta característica num acasalamento com uma ave de tipo buff não produz necessariamente jovens com falta de “corpo” e postura.
No entanto, o criador deve ter em atenção de que nem todos os canários yellow feather tem uma plumagem de excelente qualidade. Muitas vezes e como última tentativa para salvar uma linha de canários de má plumagem, resultante de consecutivos acasalamentos de pássaros tipo buff, acasala-se com uma pássaro tipo yellow. Ora, as crias resultantes deste acasalamento, mesmo que yellow, têm nos seus genes as características indesejadas da linha de um dos seus país. Sendo que estas crias também não irão servir com bons resultados nas criações que se seguirem.

Pelo menos de três em três gerações deve-se utilizar um canário com este tipo de pena para não perder a qualidade da plumagem. Caso contrário começam a aparecer canários com quistos, problemas de plumagem, sem brilho, sem cor, etc...

Os pássaros com este tipo de plumagem não são a solução para a cura dos quistos das penas, são sim uma possibilidade para não deixar que uma linha de canários seja arruinada por má plumagem e pelos quistos.
Mas como poderá o criador saber qual será o bom yellow para utilizar na sua linha de canários ?
A resposta poderá ser dada em duas partes:
  • Deverá apenas adquirir este tipo de pássaros de criadores que conheçam bem este tipo de plumagem e que os utilizem nas suas linhas. Existem muitos criadores com o errado tipo de plumagem, mesmo que yellow
  • Qualquer pássaro yellow que tenha a cauda larga, em que nas penas não estejam juntas, firmes, apertadas, que tenha a plumagem fosca e que não corresponda as características apresentadas, não deve ser usado para criação.
BUFF FEATHER

O tipo de pena normalmente descrito como buff ou nevado tende a ser uma pena mais “mole”, suave e larga e não tem a textura e a “elegância” da plumagem intensiva. Devido à natureza macia da plumagem nevada, esta é mais delicada e mais facilmente estragada do que a plumagem intensiva. A cor, neste tipo de pena, não é tão intensa como a descrita no item anterior, nomeadamente na presença da pigmentação amarela que esta presente em todas as classes de canários Glosters com a excepção dos de fundo branco.

Neste tipo de plumagem a cor amarela não se estende até aos extremos das penas, o que origina que estas tenham um aspecto um pouco mais fosco. No entanto, os canários que tenham uma boa plumagem, embora tipo buff, também devem uma plumagem sedosa, e é quando esta característica desaparece que os problemas começam a aparecer.

Exemplos de canários com este tipo de plumagem (buff) podem surgir em qualquer raça de canários e independentemente da sua cor e características. Podem inclusivamente surgir do acasalamento de dois canários tipo yellow. Esta situação pode ocorrer visto que os canários tipo yellow possuem nas suas características genéticas os factores responsáveis por produzir o factor buff. A situação contrária nunca pode acontecer devido ao factor yellow ou intensivo ser dominante, isto é um casal de canários tipo Buff nunca produzirá um canário tipo yellow. Os canários tipo buff, devido à sua plumagem mais suave e larga, possuem uma aparência mais característica dos Glosters, i.e., definem de melhor forma o porte do canário. Esta situação origina que a grande maioria dos glosters a concurso sejam do tipo buff, assim como a grande maioria dos canaricultores possui apenas canários deste tipo.

O acasalamento de dois canários buff que tenham origem num acasalamento de yellow x buff, dá origem a canários double buffing sendo que esta pratica é aceitável e está na origem da criação de uma boa linha de glosters. O acasalamento de dois canários buff que tenham origem num acasalamento de Buff x buff, é mais do que double buffing e deve ser feito com precaução, devendo ser tido em conta o pedrigree dos canários. A continua utilização da técnica buff x buff sem a introdução do factor yellow pode arruinar uma linha de glosters. Sendo que os principais problemas devido à demasiada suavidade e “moleza” das penas é o aparecimento de quistos, problemas nas asas e na cauda ao nível da qualidade da plumagem.

OUTROS FATORES IMPORTANTES 

Para além do fato de os canários terem plumagem do tipo yellow ou buff , existem outros factores que podem afectar a textura ou a qualidade da plumagem. Plumagens variegadasou matizadas com diversas cores, em que todos os pigmentos tenham sido removidos excepto o amarelo tendem a ter uma textura muito suave do que as penas que não tenham esta característica. Assim os passarinhos que sejam variegados claros tendem a ter a plumagem excessivamente suave. A mutação Cinnamon ou canela também sofre deste tipo de problema, no entanto, as suas penas tendem a ser bem mais finas do que o normal. Apesar desta finura das penas a mutação canela não possui a mesma rigidez que as penas de um yellow.
A primeira preocupação para o início de uma boa linha de glosters deverá ser o estabelecimento de um núcleo forte de bons glosters verdes ou com 3 partes verdes escuras e intensivos amarelo esverdeados yellow. Os verdes buff ou nevados devem ser o mais próximo possível do Standard e os intensivos devem ter uma boa cor e boa plumagem e se possível curtos e redondos.

É importante que o criador saiba que poderá acasalar um buff ou nevado verde com qualquer outro tipo de pássaro, canela, branco, cinza, azul, variegado, intenso. No entanto, qualquer um destes só deverá ser acasalado com um verde buff. Os verdes buff criados a partir de yellows e buffs estão associados a boas características e podem ser acasalados com qualquer buff. As crias resultantes deste acasalamento são buffs e se mantiverem boa plumagem e cor podem acasaladas com outros buff de boa qualidade por mais uma geração. Agora nesta geração as crias devem ser acasaladas com buffs resultantes de casais buff x yellow, ou se forem canários verdes variegados directamente com intensivos amarelo esverdeados (yellow).

A escolha dos casais para a criação não é escolha fácil pois não deve restringir-se apenas ao aspecto e à beleza das aves mas principalmente ao factor genético. Todas estas considerações devem ser tidas em contas, assim como também é muito mais fácil controlar a boa qualidade da plumagem nos canários mais escuros do que nos mais claros como os variegados. Desta forma, a escolha dos casais para a época de criação deve respeitar estas regras e tentar compensar os vários factores em questão.



Autoria: Miguel Soares in www.glosters.net

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